DaMoita

Bem-vindos ao blog DaMoita, onde eu pretendo discutir tudo aquilo que me interessa e que esteja de alguma forma relacionado com a Vila da Moita. Caso estes assuntos lhe interesse, convido-o a juntar-se a mim através dos seus comentários.

22 agosto 2005

Da deficiente definição das freguesias do concelho da Moita

Outro problema existente neste concelho consiste na ineficiente identificação existente entre as freguesias existentes e as localidades propriamente ditas. Este é um problema que salta à vista a dois níveis: ao nível das fronteiras entre freguesias, e ao nível da falta de novas freguesias.
No primeiro nível, há dois exemplos que são flagrantes e que interessam particularmente à Vila da Moita: são eles as fronteiras com as freguesias do Gaio-Rosário e de Alhos Vedros. Sabiam, por exemplo, que a Caldeira da Moita fica na freguesia do Gaio-Rosário e não na freguesia da Moita? E que o dique da Caldeira liga as freguesias de Alhos Vedros e do Gaio-Rosário, não tendo a freguesia da Moita nada a ver com isso? E que a margem esquerda da Caldeira, a uns míseros 100 metros (se tanto) da praça central da Moita, fica na freguesia de Alhos Vedros? Pois é: é ridículo, mas é o que temos. E se no caso da fronteira com a freguesia de Alhos Vedros a situação existente se pode atribuir ao tradicional marasmo e burocracia existentes no estado globalmente, e portanto também na Câmara Municipal da Moita, já no caso relativo à freguesia do Gaio-Rosário já não há essa desculpa, pois esta é uma freguesia recente!
No segundo nível que identifiquei, parece-me óbvio que existem várias novas freguesias que deveriam ser criadas, como por exemplo: Penteado, Barra Cheia-Brejos da Moita ou Fonte da Prata-Arroteias.
A correcção destas situações poderia melhorar substancialmente quer a eficiência quer a eficácia dos serviços autárquicos, sempre demasiado ligados às burocracias e pouco ligados à realidade efectiva.

18 agosto 2005

Como olhar estrategicamente para o Concelho da Moita

Tenho reparado que os partidos políticos têm uma tendência muito grande para pensarem o concelho da Moita como um todo uniforme e unido, como se ele correspondesse a uma cidade denominada "Concelho da Moita".
Essa situação seria obviamente a ideal, do ponto de vista da gestão, pois se todos nós, os habitantes deste concelho, tivéssemos a percepção de que vivíamos na mesma terra, deixaria de haver rivalidades entre localidades, e os investimentos poderiam ser colocados onde quer que os dirigentes quisessem, e sem duplicações, pois toda a gente sentiria esses investimentos como a si direccionados. É esta a situação de concelhos como o de Lisboa, Setúbal, Barreiro ou Montijo (nos últimos três existem outras localidades nos concelhos para além das sedes de concelho, mas são totalmente dependentes destas e portanto para todos os efeitos práticos não contam ou contam pouco).
Acontece que o concelho da Moita é diferente. Aqui existem três centros urbanos bem distintos e com fortes identidades próprias. Esta situação complica um bocado as coisas, mas não deve ser escamoteada, sôb pena de levar a rivalidades entre localidades que não levam a nada (como já acontece aqui). Como em tudo, a melhor forma de se garantir um perfeito entendimento entre diversas partes consiste em primeiro esclarecer tudo, para evitar mal-entendidos: há que identificar com clareza qual a função que cada centro deverá ter no concelho, definir os seus limites físicos, adaptar a divisão administrativa existente às localidades reais, etc, tudo em diálogo com as populações, e quando se atingir um acordo, temos então as bases para uma relação mais correcta entre essas localidades, e também para saber-se exactamente como distribuir os investimentos.
É claro que todo o processo de esclarecimento não será fácil, e provavelmente esta será uma das principais razões por que ninguém o tenta. Para ter ideia das complicações, basta pensar no problema que não será definir exactamente a fronteira entre as Vilas da Moita e de Alhos Vedros! Não será por acaso que não existe nenhuma placa indicadora de início da Moita para quem vem de Alhos Vedros: a que existia situava-se junto à actual Moda Moita, mas foi retirada e nunca substituída.
Mas vale a pena tentar. E depois destas clarificações feitas, havemos de ver todos que valeu a pena. É essa a minha convicção.

Retorno

Uff! Finalmente, após ter passado os últimos meses no estrangeiro, deslocado por motivos profissionais e sem possibilidade de actualizar o meu blog, aqui estou eu de novo, cheio de vontade de bloggar.
Para já, apanhei uma decepção, que só não foi maior porque eu já a esperava: a obra da caldeira da Moita, que já devia estar terminada, continua em curso, e num estado tal que me parece difícil estar terminada a tempo da Festa da Moita. Aparentemente, houve problemas com os terrenos, algo que era previsível para quem conhecesse a zona e a lei de Murphy, o que aconselhava a um melhor planeamento dos trabalhos por parte da Câmara Municipal, por forma a não comprometer a Festa. Bastaria a obra ter começado uns mesinhos mais cedo (início de Outubro, por exemplo), e não estaríamos agora com este problema entre mãos...
Enfim. Nos próximos dias vou tentar ler algo sobre o plano director municipal, e espero aqui reflectir um pouco sobre ele brevemente. Para já, porém, não posso deixar de criticar a Câmara Municipal pelo momento escolhido para a discussão deste documento: o mês de Agosto, mês de férias por excelência, e ainda por cima vésperas de eleições autárquicas! Não podiam ter escolhido uma altura pior! Como é possível?!?