A 8a GimnoMoita

Decorreu no último fim-de-semana a 8a edição da GimnoMoita, um sarau de ginástica organizado pela Sociedade Filarmónica Estrela Moitense para divulgar o trabalho que fez ao longo do último ano, e ao mesmo tempo proporcionar à população da Moita contacto com ginastas oriundos de outros clubes.
Havia já alguns anos que eu não assistia a este fabuloso evento desportivo (que, dada a sua dimensão, se reparte por três dias!), e devo dizer que fiquei impressionadíssimo com o magnífico trabalho desenvolvido pela colectividade anfitriã, com todas as suas classes a revelarem uma qualidade de trabalho notável para as condições da colectividade. Apesar da qualidade global, porém, não posso deixar de destacar uma classe que me impressionou imenso: a classe de representação da Estrela Moitense, que recriou no recinto um crime passional, magnificamente interpretado por uma equipa de jovens atletas de grande qualidade, com a ajuda de uma banda sonora fabulosa.

Depois de assistir a este espectáculo, não posso deixar de me perguntar até onde poderia ir esta -e outras- colectividade se a Câmara Municipal, em vez de gastar dinheiro em publicidades partidárias (ver post anterior) o utilizasse para criar as infra-estruturas necessárias ao bom funcionamento das colectividades da terra.

No mínimo, que se crie um pavilhão gimno-desportivo que permita que as próximas GimnoMoitas tenham um local digno onde ocorrerem, não tendo de evoluir num pavilhão de exposições claramente inadequado para este tipo de espectáculos, nomeadamente pela inexistência de bancadas para os inúmeros espectadores e balneários para os atletas.

A informação antes e depois das eleições autárquicas

Alguns meses antes das últimas eleições autárquicas resolveu a Câmara Municipal da Moita colocar um cartaz publicitário anunciando a construção da futura piscina Municipal da Moita, no local onde supostamente ela era para ser construída. Até aí tudo bem: informar a população sobre o que se passa ou vai passar-se é na minha opinião uma obrigação daqueles que representam essa mesma população, e as eleições não deveriam ter influência no funcionamento dos orgãos eleitos...

Só que as eleições passaram e a súbita necessidade de informar sentida pela Câmara rapidamente desapareceu (tal como a obra, sobre a qual nunca mais ninguém falou), tendo o cartaz sobre a piscina desaparecido para nunca mais voltar. Aparentemente, a informação camarária -supostamente não partidária, note-se-, só parece ser relevante nas vésperas das eleições. Provavelmente para reforçar, com o dinheiro dos nossos impostos, a publicidade a um determinado partido político.

Eis um "bom" exemplo de comportamento democrático... :-(